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Cloro e água sanitária: riscos à saúde e como usar com segurança

Presente em praticamente todos os lares e ambientes de trabalho, o cloro — popularmente conhecido na forma de água sanitária — é um poderoso aliado na limpeza e desinfecção. Utilizado para eliminar germes, bactérias e vírus, ele é indispensável na higienização de superfícies e alimentos.

No entanto, apesar de sua eficácia, o uso incorreto do cloro pode representar sérios riscos à saúde. Vapores tóxicos, queimaduras na pele e problemas respiratórios são apenas alguns dos perigos associados ao manuseio inadequado.

Neste artigo, você vai entender as diferenças entre cloro e água sanitária, os principais riscos à saúde, além de orientações práticas para utilizar o produto com segurança no dia a dia — seja em casa ou no ambiente profissional.

O que é o cloro e para que serve?

O cloro é um elemento químico representado pelo símbolo Cl e número atômico 17. Pertencente ao grupo dos halogênios, é altamente reativo e amplamente usado na indústria química, na produção de plásticos, papel, medicamentos e produtos de limpeza.

Em sua forma mais conhecida, o hipoclorito de sódio (componente principal da água sanitária) é responsável pela ação desinfetante. Essa substância tem a capacidade de eliminar microrganismos, fungos e vírus, tornando-se essencial na limpeza de ambientes hospitalares, empresariais e residenciais.

O uso do cloro também é vital no tratamento de água potável e no controle sanitário de piscinas, prevenindo surtos de doenças como cólera, tifo e hepatites. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a desinfecção com cloro reduziu em até 80% a propagação de doenças transmitidas pela água desde o século XX.

Embora eficiente, o cloro requer manuseio seguro e atenção às concentrações, pois o excesso pode gerar reações químicas perigosas.

Diferenças entre cloro e água sanitária

Apesar de muitos utilizarem os termos como sinônimos, cloro e água sanitária não são exatamente a mesma coisa. O cloro é o elemento químico puro, enquanto a água sanitária é uma solução de hipoclorito de sódio diluída em água — ou seja, uma forma mais segura e prática de aplicar o cloro no dia a dia.

Enquanto o cloro puro é altamente concentrado e indicado apenas para uso industrial ou em piscinas, a água sanitária possui cerca de 2% a 2,5% de cloro ativo, sendo suficiente para a limpeza doméstica e profissional.

A principal função de ambos é desinfetar, alvejar e eliminar microrganismos nocivos. Porém, a toxicidade do cloro concentrado exige cuidados redobrados, já que ele pode causar queimaduras e liberação de gases tóxicos se mal utilizado.

Saiba mais: Quais as diferenças entre limpeza, desinfecção e descontaminação?

Principais tipos de cloro no mercado

Cloro líquido (água sanitária)

É o mais popular e acessível. Usado para limpeza geral e desinfecção, oferece excelente custo-benefício. Deve ser armazenado em local ventilado e protegido da luz solar, para não perder a eficácia.

Cloro em pó

Muito utilizado no tratamento de piscinas, o cloro em pó combate fungos, bactérias e até larvas de mosquitos, como o Aedes aegypti. Também é empregado na higienização de frutas e verduras, sempre com diluição correta.

Cloro em gel

Indicado para limpeza de superfícies verticais e banheiros, o cloro em gel tem ação prolongada, eliminando mofos e fungos. É ideal para empresas menores, devido ao custo mais elevado por litro.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene, Limpeza e Saneantes (ABIPLA), o consumo de produtos à base de cloro cresceu 18% entre 2020 e 2024, impulsionado pela busca por maior segurança sanitária.

Riscos do uso incorreto de cloro e água sanitária

1. Problemas respiratórios

A inalação dos vapores de água sanitária pode irritar olhos, garganta e nariz — especialmente em pessoas com asma ou bronquite. Em casos graves, pode causar tosse intensa, falta de ar e desmaios.

Um estudo com mais de 9.000 crianças na Holanda, Finlândia e Espanha, publicado no Occupational and Environmental Medicine Journal, apontou que o uso semanal de água sanitária aumenta em 20% o risco de gripe e 35% o de amigdalite. A inalação constante danifica as células pulmonares, tornando os pulmões mais suscetíveis a infecções.

2. Problemas dermatológicos

O contato direto com o produto pode causar queimaduras químicas e dermatites, caracterizadas por coceira, vermelhidão e descamação da pele. A exposição repetida, sem uso de luvas ou EPIs, agrava os efeitos.

3. Intoxicação e agressão à microbiota

A ingestão acidental pode provocar náuseas, vômitos e diarreia, e em casos severos, danos ao fígado e rins. Além disso, o uso excessivo pode eliminar bactérias benéficas do organismo, enfraquecendo o sistema imunológico.

O Ministério da Saúde alerta que misturar cloro com vinagre, desinfetante ou sabão em pó libera gases tóxicos, como cloraminas e gás cloro, que podem causar irritações graves e até risco de morte em ambientes fechados.

Leia mais: Exposição a produtos químicos: como prevenir no ambiente de trabalho?

Misturas perigosas com cloro

Evite combinar água sanitária com outros produtos químicos, pois isso pode gerar reações tóxicas imediatas. Veja as principais combinações perigosas:

  • Água sanitária + desinfetante: produz amoníaco e gases tóxicos.

  • Água sanitária + sabão em pó: libera fumaça corrosiva que danifica pisos e revestimentos.

  • Água sanitária + vinagre: gera gás cloro, altamente tóxico para pulmões e olhos.

  • Água sanitária + bicarbonato: pode resultar em reação explosiva em ambientes fechados.

  • Água sanitária + detergente: libera cloraminas, que causam inflamações na pele e mucosas.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, um terço dos acidentes domésticos com produtos de limpeza está relacionado à mistura incorreta de substâncias à base de cloro.

Como usar cloro e água sanitária com segurança

O uso seguro do cloro exige atenção a detalhes simples, mas essenciais:

  1. Nunca misture água sanitária com outros produtos.

  2. Leia o rótulo e siga as instruções do fabricante.

  3. Use EPIs (luvas, máscara e óculos de proteção) sempre que possível.

  4. Dilua corretamente o produto, conforme a finalidade.

  5. Armazene em local ventilado e fora do alcance de crianças.

  6. Utilize produtos profissionais certificados, principalmente em empresas de limpeza e facilities.

Em caso de contato com a pele ou olhos, lave imediatamente com água em abundância e procure atendimento médico se houver irritação persistente.

Para empresas, é fundamental treinar equipes de limpeza sobre o manuseio correto de produtos químicos. O uso de produtos homologados pela ANVISA reduz o risco de acidentes e garante maior eficiência na higienização.

Conclusão

O cloro e a água sanitária são ferramentas indispensáveis na limpeza e desinfecção, mas seu uso incorreto pode causar sérios danos à saúde e ao meio ambiente. Compreender suas diferenças, saber dosar corretamente e respeitar as instruções de segurança é essencial para proteger pessoas e ambientes.

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FAQ (Perguntas frequentes) – Cloro e Água Sanitária: Uso Seguro e Cuidados Essenciais

1. Cloro e água sanitária são a mesma coisa?

Não exatamente. O cloro é o elemento químico puro (Cl), enquanto a água sanitária é uma solução de hipoclorito de sódio diluída em água. Ou seja, a água sanitária contém cloro ativo, mas em uma concentração segura para uso doméstico e profissional.


2. O uso de cloro faz mal à saúde?

Sim, se for utilizado incorretamente. A inalação de vapores de cloro pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta, além de problemas respiratórios. O contato direto com a pele pode provocar queimaduras químicas. Por isso, é essencial usar luvas, máscara e boa ventilação ao manusear o produto.


3. Posso misturar água sanitária com outros produtos de limpeza?

De forma alguma 🚫. Misturar cloro com vinagre, desinfetante, sabão em pó ou detergente pode gerar reações químicas tóxicas, liberando gases perigosos como cloraminas e gás cloro. Essa prática pode causar intoxicação e até risco de morte.


4. Qual é a proporção correta de diluição da água sanitária?

Para limpeza geral, recomenda-se diluir 1 copo (200 ml) de água sanitária em 5 litros de água.
Já para desinfecção, utilize 1 parte de água sanitária para 9 partes de água. Sempre confira o rótulo do fabricante, pois a concentração de cloro ativo pode variar entre marcas.


5. O cloro pode ser usado para higienizar alimentos?

Sim, desde que em baixa concentração. A solução ideal é 1 colher de sopa de água sanitária para cada litro de água. Os alimentos devem ser deixados de molho por 10 minutos e depois enxaguados com água potável. Utilize apenas produtos com registro na ANVISA.


6. O que fazer em caso de intoxicação com cloro ou água sanitária?

Se houver inalação, vá imediatamente para um local ventilado.
Em caso de contato com a pele ou olhos, lave com água corrente por pelo menos 15 minutos.
Se houver ingestão acidental, não provoque vômito — procure atendimento médico imediatamente e leve a embalagem do produto.


7. Como armazenar cloro e água sanitária com segurança?

Guarde o produto em local fresco, ventilado e longe da luz solar, sempre fora do alcance de crianças e animais. Evite reutilizar embalagens e mantenha longe de produtos alimentícios.


8. Qual é a validade da água sanitária?

A validade média é de 6 a 12 meses após a fabricação. Após esse período, o cloro ativo perde eficiência, reduzindo a capacidade de desinfecção. Guarde sempre bem tampado para evitar evaporação e degradação.


9. O cloro danifica superfícies?

Sim, o uso em excesso pode corroer metais e manchar tecidos. Em pisos e bancadas, prefira diluir corretamente o produto e testar em uma pequena área antes da aplicação total.


10. Por que escolher produtos profissionais à base de cloro?

Produtos profissionais garantem maior estabilidade química, eficiência e segurança no uso. Além disso, são formulados para reduzir vapores tóxicos e minimizar riscos à saúde do colaborador — um investimento essencial para empresas que prezam pela segurança e qualidade na limpeza.

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