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Fluxo de trabalho de limpeza em áreas de saúde

Limpeza Profissional

Como funcionam os processos de limpeza em áreas de saúde e quais os seus riscos? 

Infecções em serviços de saúde são um risco significativo para a segurança do paciente. Sendo assim, falhas nos processos, fluxos de trabalho de limpeza, cronograma e desinfecção de superfícies podem ter como consequência a disseminação e transferência de microrganismos, ameaçando a segurança de pacientes e profissionais. 

É muito importante ter o mais alto nível de higienização nesses locais! Veja a seguir como!

O ambiente e a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde

Ambientes de serviços de saúde precisam ter um foco especial em limpeza e higienização para a minimização da proliferação e disseminação de microorganismos, que podem causar e potencializar doenças, e ainda criar outros problemas como microorganismos multirresistentes e até óbito do paciente. 

Estudos têm demonstrado a presença de microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos em superfícies de leitos e equipamentos, após limpeza e desinfecção inapropriadas.

Dentre os fatores que favorecem a contaminação do ambiente dos serviços de saúde estão:

  • mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfícies;
  • ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde;
  • manutenção de superfícies úmidas ou molhadas; 
  • manutenção de superfícies empoeiradas;
  • condições precárias de revestimentos; 
  • manutenção de matéria orgânica.

Superfícies limpas e desinfetadas conseguem reduzir em cerca de 99% o número de microrganismos, enquanto as que foram apenas limpas os reduzem em 80%. 

A higienização de superfícies e objetos é fundamental para que não haja contaminação cruzada entre profissionais e pacientes. Por isso, é indicado que toda área com presença de matéria orgânica seja rapidamente limpa e desinfetada assim que possível.

Porém, para essa limpeza há algumas diretrizes básicas, como:

  • evitar atividades que favoreçam o levantamento das partículas em suspensão, como o uso de aspiradores de pó (permitidos somente em áreas administrativas); 
  • não realizar a varredura seca nas áreas internas dos serviços de saúde; 
  • as superfícies (mobiliários em geral, pisos, paredes e equipamentos, etc.) devem estar sempre limpas e secas; 
  • remover rapidamente matéria orgânica das superfícies; 
  • isolar áreas em reformas ou em construção, utilizando tapumes e plástico.

As áreas dos serviços de saúde são classificadas em relação ao risco de transmissão de infecções com base nas atividades realizadas em cada local, isso ajuda em estratégias contra transmissão de doenças, além de facilitar elaboração de procedimentos e cronogramas para limpeza e desinfecção. 

O objetivo dessa segmentação é orientar minuciosamente e detalhadamente os serviços a serem executados nesses setores, de modo que o processo de limpeza e desinfecção de superfícies esteja adequado ao risco de cada lugar. Por isso, o cronograma de limpeza deve ser diferente em:

  • Áreas críticas: são os ambientes onde existe risco maior de transmissão de infecções, onde se realizam procedimentos de risco (com ou sem pacientes) ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos. 
    • Por exemplo: Centro Cirúrgico (CC), Centro Obstétrico (CO), Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Unidade de Diálise, Laboratório de Análises Clínicas, Banco de Sangue, Setor de Hemodinâmica, Unidade de Transplante, Unidade de Queimados, Unidades de Isolamento, Berçário de Alto Risco, Central de Material e Esterilização (CME), Lactário, Serviço de Nutrição e Dietética (SND), Farmácia e Área suja da Lavanderia.
  • Áreas semicríticas: são todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. 
    • Como enfermarias e apartamentos, ambulatórios, banheiros, posto de enfermagem, elevador e corredores.
  • Áreas não-críticas: são todos os demais locais não ocupados por pacientes e onde não se realizam procedimentos de risco. 
    • São exemplos desse tipo de área: vestiário, copa, áreas administrativas, almoxarifados, secretaria, sala de costura.

O Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde abrange a limpeza, desinfecção e conservação de superfícies fixas e equipamentos permanentes nas diversas áreas. Visa evitar a deterioração de superfícies e objetos ao mesmo tempo que otimiza custos e promove saúde e bem-estar a todos os frequentadores do estabelecimento. 

Se você ainda tem dúvida na diferença de limpeza, desinfecção e descontaminação, leia este artigo!

Princípios básicos para a limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde

Além das diretrizes básicas citadas anteriormente, como de não erguer poeira, é importante saber que o Serviço de Limpeza e Desinfecção de Superfícies em Serviços de Saúde compreende a limpeza, desinfecção e conservação das superfícies fixas e equipamentos permanentes das diferentes áreas deste estabelecimento. 

Sua finalidade básica é preparar o ambiente para as atividades que serão realizadas, mantendo a ordem e conservação de equipamentos, instalações e impedindo a disseminação de microrganismos potencialmente nocivos à saúde humana. Poderá ser próprio do estabelecimento ou terceirizado, independente da modalidade escolhida, é crucial que o número de profissionais atenda à demanda de trabalho em todos os turnos e o alto padrão de limpeza hospitalar. 

Segundo a cartilha da ANVISA, os princípios básicos são os seguintes:

  • Higienize as mãos frequentemente, preferencialmente com sabonete antisséptico.
  • Evite adornos (aneis, pulseiras, relógios, colares, piercings, brincos) no trabalho.
  • Mantenha os cabelos presos e unhas limpas, curtas e sem esmalte.
  • Homens devem ter cabelos curtos e barba feita.
  • Utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados para a atividade.
  • Nunca varra superfícies a seco; use varredura úmida com mops ou rodos e panos.
  • Limpe pisos com varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar.
  • Use desinfetantes apenas em superfícies com matéria orgânica ou conforme SCIH.
  • Produtos saneantes, como água sanitária e produtos para limpar vasos sanitários, devem ser registrados ou notificados na Anvisa.
  • Tenha produtos de fornecedores confiáveis e renomados.
  • Use sistemas compatíveis entre equipamentos e produtos de limpeza.
  • Certifique-se de que os produtos de higiene são suficientes para o setor.
  • Cada setor deve ter equipamentos e materiais necessários para limpeza e desinfecção.
  • Utilize kits de limpeza exclusivos para pacientes em isolamento de contato, preferencialmente com panos descartáveis ou wipes.
  • Garanta a disponibilização de panos alvejados e a limpeza das soluções dos baldes e equipamentos.
  • Panos de limpeza de piso e mobília devem ser enviados à lavanderia ou lavados no expurgo.
  • Lave discos de enceradeiras e deixe secar para evitar mau cheiro.
  • Limpe todos os equipamentos ao final da jornada de trabalho.
  • Sinalize corredores, deixando um lado livre durante a limpeza, e use placas sinalizadoras.
  • Estabeleça a frequência de limpeza conforme o protocolo da instituição.
  • Realize desinsetização periódica conforme a necessidade, com cronograma semestral disponível para consulta.

Quer um checklist prático de limpeza e desinfecção com uma lista de produtos de excelência?

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A implementação de um modelo de limpeza profissional rigoroso e sistemático (especialmente em limpeza hospitalar) é mais do que uma necessidade operacional; é um compromisso com a saúde pública, a segurança e o bem-estar dos usuários. 

No contexto nacional, onde a expectativa por ambientes limpos e bem mantidos é alta, estabelecer práticas de limpeza eficientes não só melhora a qualidade de vida urbana, mas também reforça a imagem de responsabilidade e excelência das entidades gestoras. 

Adotar tais práticas é essencial para garantir a continuidade do respeito e da confiança do público em espaços coletivos, contribuindo significativamente para a promoção de uma sociedade mais saudável e consciente.

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