O que não te contam sobre a higiene ocupacional

Não é difícil encontrar profissionais e empresas bem intencionadas quando o assunto é saúde e higiene ocupacional, mas também não é difícil se deparar com quem não liga para esse assunto.

Para refletir… Seu local de trabalho tem uma condição mínima de higiene nos banheiros? Quanto custa para uma empresa a visão de desconforto de seus clientes e funcionários com relação à higiene e saúde íntima?

Você sabe o que é looping em higiene ocupacional?

Muitas empresas que querem fazer treinamentos ou até dar palestras de conscientização aos funcionários vão na contramão de situações como a do looping. Já ouviu falar sobre ele? O looping é uma definição criada pela Profline, diretamente ligado à higiene ocupacional, para demonstrar a realidade da redução de desperdício e de custos que empresas brasileiras tomam como estratégia e não sabem.

Basicamente, um local que necessita dispor de infraestrutura para muitas pessoas acaba caindo na armadilha da busca desordenada pela redução de custo. Seja por cobrança hierárquica, seja por cultura empresarial.

Uso dos insumos

O que ocorre é que papel higiênico, papel para mãos, e químicos como sabonetes e sanitizantes para mãos, não são todos iguais, e trazemos essa experiência de nossa própria casa. Sabemos que diminuir qualidade significa diminuir o custo do produto, mas também reduzir a aceitação de pessoas que os utilizam todos os dias.

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Você já deve ter sentido a necessidade de usar 5 ou 6 folhas de um papel ruim para secar as mãos. Quer dizer que a empresa diminuiu o custo do produto, que antes usava 2 a 3 folhas, para um inferior. E agora diretamente aumentou no mínimo 40% do seu consumo.

O que era vantajoso se mostra inconsequente com o aumento de lixo descartado e do  volume de caixas e estoque, além da falta de manutenções em equipamentos, o aumento na mão de obra para abastecimento, e a indisponibilidade de papel nos locais, já que acabam mais rápido, dentre outros problemas decorrentes.

Quando o looping acontece?

Ele acontece quando esse ciclo vicioso continua sem que as pessoas se deem conta do quanto estão prejudicando funcionários e a própria empresa e sem colocar a higiene ocupacional em prática. Vendo o consumo aumentar, é normal ouvir a famosa reclamação sobre quem desperdiça papel demais e perceber que a quantidade comprada é exagerada (e realmente é), mas mesmo assim não é suficiente para o uso mensal de todos.

Para quem não faz uma avaliação criteriosa, a única maneira de resolver é, como já citado, reduzir custos, porque, afinal, ninguém consegue “bancar” tudo isso.

O ciclo de compras por preço continua, e junto com ele vem também a diminuição da qualidade do produto até um ponto em que a situação fica insustentável. Essa visão é normal, pois continua até que alguém perceba que, quanto mais se diminui qualidade, mais se consome e mais se gasta, indo para o lado contrário do que uma empresa saudável precisa.

Quais as soluções?

Quando projetos de higiene ocupacional são implantados, é fácil ver consumos reduzirem de 10% até 90% em alguns produtos, para os mesmos funcionários que em uma primeira avaliação são julgados como pessoas que não dão valor ao que é oferecido. Na realidade, as empresas acabam percebendo que a busca pela solução mais eficiente não vai estar em um produto milagroso, um treinamento específico ou um preço mais baixo.

A resposta está em uma série de soluções que, juntas, trazem uma previsibilidade maior de consumo baseado no número de funcionários ou circulantes. Essas medidas são tomadas em conjunto, em que uma depende da outra, como, por exemplo, ter um produto melhor, pois de nada adianta se a manutenção dos equipamentos não está em dia para evitar desperdício, ou então ter um dispenser adequado, que controle o consumo, pois não é garantia de menos uso com um produto inadequado.